No topo da torre, Clef a reconheceu. Ele estava lá para guiar as três pessoas escolhidas para reviver os Mashins e terminar com o desejo de Cefiro.
Clef: A menina e suas duas amigas... Mashins de RayEarth, são elas as escolhidas, não são?
Mas um barulho estranho chamou a sua atenção e ele se voltou para a cidade.
Clef: Não... eles já...!
Uma estranha preocupação tomou conta de Clef e ele percebeu que eles chegaram. Nas ruas, as pessoas estavam andando calmamente quando uma estranha fumaça cobriu a calçada. Todos ficaram surpresos e pararam. Mas, subitamente, alguém apareceu no meio da neblina e transformou todos que estavam perto em blocos de gelo. Era Arushione, que acabara de chegar de Cefiro, com seu gato.
Arushione: Seria tão chato... não imaginei que você faria a barreira usando o seu próprio corpo. Mas agora acabou. Agora que Cefiro está chegando, os seus poderes não funcionarão mais...
Clef: Arushione...
Clef: Mashins, vocês ainda não vão ajudar as pessoas da Terra?
Clef: Então, não há outro jeito...
Clef sabia que não haveria tempo para chamar as três para parar Cefiro, agora que Arushione havia chegado para interromper os planos dele. Ele chamou o Grifo e preparou-se para lançar uma magia.
Clef: Pessoas de outro mundo, por favor, perdoem-me!
Uma luz amarela estranha saiu do bastão e percorreu os céus, fazendo nuvens amarelas no meio do entardecer. Em outro lugar, Hikaru estava segurando Mokona nos braços, mas ninguém iria notá-lo ali.
Fuu: Então é verdade que ninguém, a não ser a gente, pode ver Mokona-san.
Fuu: Mas como eu poderia descobrir se Mokona-san pode realmente realizar o nosso desejo?
Hikaru: O que você quer dizer, Fuu-chan?
Fuu: Estou muito triste por ir embora de Hikaru-san e Umi-san, mas os meus pais... O meu pai estava adorando a idéia de morar fora...
Hikaru: Fuu-chan...
Umi olhou para a frente e pôde ver a luz amarela perto da Torre de Tóquio. Ela chamou a atenção de Hikaru e Fuu.
Umi: Ei, o que seriam aquelas nuvens?
Enquanto isso, Arushione observou o movimento de Clef, mas não sabia o que ele estava planejando.
Arushione: Não... não deveria acontecer!
Arushione preparou-se para usar suas habilidades mágicas. Gigantescas lâminas de gelo cresceram do chão, causando um tremor de terra imenso. Ela não se importou com isso e lançou as lâminas na direção do Madoshi.
Arushione: Araya!!!
O tremor quebrou alguns prédios, coincidentemente sobre as cabeças de Hikaru, Umi e Fuu.
Hikaru: Umi-chan, Fuu-chan! Cuidado!
Mas a jóia estranha brilhou, surpreendendo Mokona. As lâminas de gelo voaram pelos céus de Tóquio para alcançar Clef no topo da torre. Mas era tarde. Clef, alguns momentos antes das lâminas o atingirem, lançou o feitiço que estava conjurando.
Clef: Dytra!!!
A luz amarela se expandiu e começou a cobrir Tóquio e o mundo inteiro.
Clef: Isso deve... ter parado o tempo... e então, aquelas meninas...
Clef caiu no topo da torre, inconsciente. O castelo de Cefiro deveria chegar à Terra em poucos momentos e Eagle era o que comandava a invasão. Ele observava a canção de sua irmã.
Eagle: Irmã... por favor, cante mais, deseje mais... a canção de sua voz irá embalar o povo de Cefiro...
Subitamente, o pássaro, que estava calmo em seu ombro, voou longe e Eagle parou de falar, sentindo uma lâmina afiada tocando seu pescoço.
Eagle: Lantis...?
Lantis, segurando sua espada, ameaçava o irmão caçula de Emerald.
Lantis: Pare com isso... o que você quer fazendo isso?
Eagle: Você está tentando parar Cefiro?
Eagle: Isto é o que Emerald, minha irmã, desejou...
Eagle: E aqueles de Cefiro amam a princesa... e querem garantir o seu desejo... e isso é tudo...
Lantis não hesitou em cortar um pouco o pescoço de Eagle, de onde um pouco de sangue escorreu pela lâmina.
Eagle: Você me premiaria com a morte?
Nenhuma resposta. Eagle sabia que Lantis não mudaria de idéia sobre a invasão, pois ele sempre havia sido contra.
Eagle: Eu o invejo... somente você não mudou após tanto tempo...
Lantis: É o fim, por enquanto...
Lantis tirou sua espada do pescoço de Eagle e desapareceu, deixando Eagle, que não estava preocupado com Lantis.
Eagle: É tarde... tudo está para começar.
Após o acidente, Hikaru não sabia o que realmente tinha acontecido, mas ajudou Umi.
Hikaru: Umi, você está bem? Não está machucada?
Todos estavam estranhos. Todos estavam olhando para a estranha luz nos céus, mas pareciam fantasmas.
Fuu: O que está acontecendo?
Uma mulher estava correndo pela calçada e Umi tentou chamar sua atenção.
Umi: Por favor, com licença!
A mulher passou pela mão de Umi e nem a notou. Umi estava surpresa como aquilo poderia ter acontecido.
Umi: O quê?! Ela passou por mim?
Mas isso não era a única coisa com o que se preocupar. Ninguém estava fazendo barulho.
Hikaru: O som?!
Hikaru tentou ouvir o que podia, mas não havia o som das pessoas falando ou correndo. Após alguns minutos, todos começaram a desaparecer e ninguém ficou na cidade.
Fuu: Eles desapareceram!
As três estavam surpresas com o que estavam vendo, ninguém nas ruas, ninguém dirigindo os carros e ninguém trabalhando em volta. Não havia ninguém em Tóquio, que havia se tornado uma cidade-fantasma.
Umi: O que aconteceu?
Fuu: Por quê? Por que nada aconteceu somente para a gente?
Hikaru: Nesta cidade... estamos somente nós três nesta cidade?
Hikaru observou a cidade e não conseguiu imaginar o que poderia ter acontecido. Porém, de repente ela lembrou sobre as palavras que Fuu havia dito antes delas fazerem um desejo para a fada da árvore.
Fuu: Nesta árvore mora uma fada que ouve a todos os desejos trocados sob esta árvore e leva embora todos os fatores que possam mudar esse desejo.
Hikaru não podia acreditar, para realizar o seu desejo, era necessário que todos desaparecessem. Ela acreditava que, por causa de desejar que as três ficassem juntas, a fada havia feito todos desaparecer, para que ninguém pudesse interferir na amizade delas.
Hikaru: É uma mentira... isso não é possível...
Perto da Torre de Tóquio, o Grifo estava sobrevoando, carregando Clef em suas costas. Em baixo, alguém observava o Grifo e não estava satisfeito com o que Clef havia feito.
Ascot: O que você fez... é tão chato que eu tenha esperado tanto para chegar aqui e não tem ninguém para brincar comigo.
Ascot: Então você deve desaparecer!
O garoto criou uma pequena bola de energia para matar o Grifo com Clef. Porém, foi subitamente interrompida por outra magia, que destruiu a bola quebrando várias coisas que estavam ao redor de Ascot.
Ferio: Pare com isso, Ascot...
Outra pessoa estava parada perto do relógio. Ele era outro de Cefiro que havia vindo a este mundo para lutar contra os Mashins.
Ascot: Ei, Ferio?! Por que não posso matar o Clef?!
Ferio: Viemos para este mundo para realizar as nossas provas... "Elas" já são o suficiente para com o que lutar.
Ascot se sentou, contestando as ordens de Ferio. Ferio olhou para os céus, onde o Grifo sobrevoava.
Ferio: Agora, Clef... é melhor deixá-lo para Arushione...
Hikaru, Umi e Fuu estavam examinando os carros para ter certeza de que ninguém estava na cidade.
Fuu: Como pensei, eles não estão aqui...
Umi: Mas o que é isso?! Até aqueles trabalhadores barulhentos desapareceram!
Umi: Nessas horas, seria legal se pudéssemos dirigir...
Umi: O metrô, ônibus, tudo está parado, então como vamos fazer para voltar para casa?!
Hikaru: Ei, Fuu-chan... e se não é apenas nesta cidade... se não há ninguém em qualquer lugar...
Hikaru estava realmente preocupada sobre o que havia acontecido com as pessoas da cidade. Mas Fuu a interrompeu, para não deixá-la em pânico. Como a mais razoável das três, ela podia manter a calma de Hikaru.
Fuu: Em momentos como este, não é bom pensar negativo... porque isso se tornará idéias assustadoras...
Hikaru: Mas, afinal, Mokona desapareceu... talvez ele seja...
Um grande barulho ecoou pela cidade. Era o Grifo, que passou pelas três meninas.
Umi:
Que pássaro grande!
Hikaru: Tem alguém em cima dele!
As três decidiram ir atrás do animal gigante, mas não conseguiram localizá-lo novamente.
Umi: Certamente, ele aterrisou por aqui...
Fuu: Hikaru-san, Umi-san, tem alguém aqui!
Fuu podia ver Clef deitado inconsciente no meio dos carros. Hikaru então pôde reconhecê-lo.
Hikaru: Esse aí é...!
Umi: Hikaru, você conhece esta pessoa que usa roupas estranhas?
Hikaru: Sim... mas não pensei que ele realmente existisse...
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